Matéria Escura

A cada mínima decisão você cria outra vida. Do primeiro ao último suspiro, você vive de jogar seus ‘eus’ alternativos numa trilha que, como você mesmo concluiu, não parecia ser a melhor. Então, neste exato momento, existem milhares ou milhões de você vivendo num mundo diferente. Várias instâncias de ti podem estar mais felizes. Outras tantas, mais tristes. Todas, definitivamente, são e estão diferentes.

Matéria Escura (Intrínseca, 2017), de Blake Crouch, é uma bela brincadeira com a hipótese dos multiversos. Blake é da escola sci-fi que não enche o saco com didatismo. Importante, aqui, é a luta de Jason para reencontrar sua família de verdade.

As viagens no tempo sempre renderam boas histórias. Blake coloca o sarrafo lá em cima para quem quiser brincar com o multiverso.

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Sobre

junkyage s.f. última era do  antropoceno. Última no sentido de recente, corrente. Última no sentido de derradeira, saideira?

* (asterisco) s.m. 1. curinga, substituto. 2. representação lo-fi de uma flor.

Junkyage* blog à moda antiga sobre coisas que merecem ser vistas ou revistas antes que a gente foda com tudo.

Curador Amador

Nando Vasconcellos, cidadão de meia idade e vida inteira de amador numa cidadezinha do interior que não é Bacurau. Que pena!

Cura é copia & cola com zelo, na unha, sem algoritmos. Crio com retalhos dos outros. Algumas partes e relações são óbvias. Este todo* não surgiria em nenhum outro lugar. Nem se bilhões de macacos tentassem por dez mil anos.