A cada mínima decisão você cria outra vida. Do primeiro ao último suspiro, você vive de jogar seus ‘eus’ alternativos numa trilha que, como você mesmo concluiu, não parecia ser a melhor. Então, neste exato momento, existem milhares ou milhões de você vivendo num mundo diferente. Várias instâncias de ti podem estar mais felizes. Outras tantas, mais tristes. Todas, definitivamente, são e estão diferentes.
Matéria Escura (Intrínseca, 2017), de Blake Crouch, é uma bela brincadeira com a hipótese dos multiversos. Blake é da escola sci-fi que não enche o saco com didatismo. Importante, aqui, é a luta de Jason para reencontrar sua família de verdade.
As viagens no tempo sempre renderam boas histórias. Blake coloca o sarrafo lá em cima para quem quiser brincar com o multiverso.