O pai trabalhou com Oppenheimer no desenvolvimento da primeira bomba atômica. São os poucos trechos onde Cormac divaga sobre física, matemática, mecânica quântica, Von Neumann, Einstein, Bohr, Gödel, Kant e uma ciência que não existe mais. A filha só aparece em itálico no primeiro livro, em diálogos coerentes com personagens de gente doida. Um deles, uma das melhores piores criações do Cormac, faz um cansativo uso de suas… barbatanas! O filho foge do passado e de perseguidores que nunca aparecem e muito menos se explicam. Filha e filho são atormentados por um amor que irmãos não deveriam sentir.
O parágrafo acima não explica nada. Mas dá uma pitada de como é a despedida de Cormac McCarthy, um dos poucos escritores que ainda merecem a tag Original. Cormac se foi no último 13 de junho. Sua última história está dividida em dois títulos, O Passageiro (The Passenger, 2022) e Stella Maris (2022).
