Sérgio Rodrigues

Foi através deste Viva a Língua Brasileira (Cia Das Letras, 2016) que conheci o Sérgio. Na ânsia de escrever um pouquinho melhor, buscava uma gramática informal. Ganhei mais que isso.

Sérgio é um mineiro de 50 e tantos que se bandeou para o Rio e me complica a vida ao cobrar por suas oficinas de escrita quase tanto quanto eu cobro por minhas oficinas de análise de negócios. Tô quase propondo um escambo.

Acho que O Drible (Cia das Letras, 2013) não é para todo mundo. De novo aquele papo de livros/papos de homem para homem. Sigo incomodado com a desconfiança. Sigo carente de uma opinião feminina.

Que fique claro: não é um traço do Sérgio. Porque A Visita de João Gilberto aos Novos Baianos (Cia das Letras, 2019) deveria agradar todo mundo. Virtuose sem máscara. Nessa coletânea de contos, Sérgio comprova Ashby: “só a variedade absorve variedade”. Cara, que inveja boa!

Veja bem: não é que eu não entendesse. Claro que eu entendia. Via o que o cara tarra fazendo, o lance do ritmo perfeito, mão de metrônomo, voz reduzida a uma ideia de voz, sentido verbal totalmente evaporado já. Eu entendia mas, cacete, era chato. Chato? Não, não era chato. Era chato pra caralho. Era chatíssimo. Chatissississíssimo. Chato de tirar a cueca pela cabeça. Chato de morrer de combustão espontânea. Chato-chato-chato-chato.

Leave a reply:

Your email address will not be published.

Sliding Sidebar

Sobre

junk s. lixo, tranqueira, resto, sobra, migalha, resíduo, resquício, fragmento.

junky s. drogada/o, nóia, marginal, maconheiro, resíduo, fragmento.

junkyage s. era uma vez uma era muito doida, marginal, fragmentada, junkie.

* s. 1. vale tudo ou por todos, curinga, wild card 2. a simplificação da flor.