Foi através deste Viva a Língua Brasileira (Cia Das Letras, 2016) que conheci o Sérgio. Na ânsia de escrever um pouquinho melhor, buscava uma gramática informal. Ganhei mais que isso.
São filhos da puta. Cabem análises mais sofisticadas, claro, mas não podemos perder de vista os fatos básicos. São grandes, imensos filhos da puta.
— Sérgio Rodrigues (@sergiotodoprosa) April 9, 2020
Sérgio é um mineiro de 50 e tantos que se bandeou para o Rio e me complica a vida ao cobrar por suas oficinas de escrita quase tanto quanto eu cobro por minhas oficinas de análise de negócios. Tô quase propondo um escambo.
Acho que O Drible (Cia das Letras, 2013) não é para todo mundo. De novo aquele papo de livros/papos de homem para homem. Sigo incomodado com a desconfiança. Sigo carente de uma opinião feminina.
Que fique claro: não é um traço do Sérgio. Porque A Visita de João Gilberto aos Novos Baianos (Cia das Letras, 2019) deveria agradar todo mundo. Virtuose sem máscara. Nessa coletânea de contos, Sérgio comprova Ashby: “só a variedade absorve variedade”. Cara, que inveja boa!
Veja bem: não é que eu não entendesse. Claro que eu entendia. Via o que o cara tarra fazendo, o lance do ritmo perfeito, mão de metrônomo, voz reduzida a uma ideia de voz, sentido verbal totalmente evaporado já. Eu entendia mas, cacete, era chato. Chato? Não, não era chato. Era chato pra caralho. Era chatíssimo. Chatissississíssimo. Chato de tirar a cueca pela cabeça. Chato de morrer de combustão espontânea. Chato-chato-chato-chato.