O Colecionador

Tem gente que junta coisas. Nada a ver com um colecionador.

O colecionador tem uma lógica, ainda que indecifrável. Tem um padrão estético. Há um padrão, creia!, nem que seja só na cabeça do colecionador.

O colecionador de longa data aprende a desapegar: “eu hoje joguei tanta coisa fora…”

John Fowles desenhou um colecionador “típico”. William Wyler, descansado de Ben-Hur, transformou o livro de Fowles num filmão roubado por Terence Stamp e Samantha Eggar. Se passam apenas dois anos entre o livro e o filme. Coisa de louco-colecionador. Fowler e Wyler não cometeriam essas obras se não fossem colecionadores.

Steven Wilson, quarenta e tantos anos depois, retomou a obsessão:

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Sobre

junkyage s.f. última era do  antropoceno. Última no sentido de recente, corrente. Última no sentido de derradeira, saideira?

* (asterisco) s.m. 1. curinga, substituto. 2. representação lo-fi de uma flor.

Junkyage* blog à moda antiga sobre coisas que merecem ser vistas ou revistas antes que a gente foda com tudo.

Curador Amador

Nando Vasconcellos, cidadão de meia idade e vida inteira de amador numa cidadezinha do interior que não é Bacurau. Que pena!

Cura é copia & cola com zelo, na unha, sem algoritmos. Crio com retalhos dos outros. Algumas partes e relações são óbvias. Este todo* não surgiria em nenhum outro lugar. Nem se bilhões de macacos tentassem por dez mil anos.