Ruy Ruiu o Rock Rindo do Rei

O que irrita mais o Ruy Castro: novidades tecnológicas ou velharias do rock’n’roll?

Conheci o cara num distante 16/ago/noventa-e-alguma coisa. Sério, anotei só dia e mês na primeira página de O Melhor do Mau Humor (Cia das Letras, 1993). Trata-se de uma “antologia de citações venenosas”. Eu lançaria uma nova edição. Com um capítulo só de Ruy ruindo, sem risos, novos brinquedinhos e velhos sons.

Não fosse tão polido, teria escrito que é de “cair o cu da bunda” o Dylan gravar clássicos da música estadunidense. Ruy reduziu a pó o embate jurídico entre Led Zep e Spirit por causa de Stairway to Heaven: “um cachorro teria escrito aquela intro”… Semana passada ele se despediu do Eddie Van Halen tentando entender como alguém pode curtir algo que não se consegue ouvir de tão alto. “É a atitude, estúpido!”, algum idiota falou.

Ruy deve ter se esquecido da frase de Oscar Wilde que compilou:

Prefiro a música de Wagner a qualquer outra. É tão alta que podemos falar à vontade sem os outros ouvirem o que estamos dizendo.

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junkyage s.f. última era do  antropoceno. Última no sentido de recente, corrente. Última no sentido de derradeira, saideira?

* (asterisco) s.m. 1. curinga, substituto. 2. representação lo-fi de uma flor.

Junkyage* blog à moda antiga sobre coisas que merecem ser vistas ou revistas antes que a gente foda com tudo.

Curador Amador

Nando Vasconcellos, cidadão de meia idade e vida inteira de amador numa cidadezinha do interior que não é Bacurau. Que pena!

Cura é copia & cola com zelo, na unha, sem algoritmos. Crio com retalhos dos outros. Algumas partes e relações são óbvias. Este todo* não surgiria em nenhum outro lugar. Nem se bilhões de macacos tentassem por dez mil anos.