The Lost Bees

O nome da banda só chegou poucos meses atrás, The Lost Bees. O início da história foi rabiscado nos últimos dias do BlueNoir. É uma overdose de clichês. E a ideia é exatamente esta.

Quatro pessoas improváveis, dois caras e duas garotas, se encontram na Londres de ’68. O primeiro a chegar é um herdeiro revoltado que foge do sul da Escócia. A primeira moça que ele encontra é uma baixinha loura de Lyon, França. A segunda garota chegou dos EUA, de New Orleans. Morena de olhos claros, jeito forte e cabelos curtos. Quem chega atrasado é um baiano filho de um desconhecido pai holandês. É o único que vai merecer nome por enquanto: Bob Van Gogh.

Eles se encontram num fim de noite em Picadilly, surrupiando cigarros e reclamando da vida. Parece que tudo está acontecendo em todos os lugares: Londres, Paris, Praga, Berlin. Só eles não acontecem, não participam…

O escocês e a morena têm belas vozes. Ele toca guitarra. Não usa palhetas. Adora blues, assim como ela. A francesa é uma curiosa baterista. Quem vê aquela fragilidade dourada não imagina o que ela faz com as baquetas. Bob toca baixo e percussão.

Seria uma combinação exótica e perfeita não fosse por um detalhe: os caras não têm personalidade nenhuma!

[continua]

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junkyage s.f. última era do  antropoceno. Última no sentido de recente, corrente. Última no sentido de derradeira, saideira?

* (asterisco) s.m. 1. curinga, substituto. 2. representação lo-fi de uma flor.

Junkyage* blog à moda antiga sobre coisas que merecem ser vistas ou revistas antes que a gente foda com tudo.

Curador Amador

Nando Vasconcellos, cidadão de meia idade e vida inteira de amador numa cidadezinha do interior que não é Bacurau. Que pena!

Cura é copia & cola com zelo, na unha, sem algoritmos. Crio com retalhos dos outros. Algumas partes e relações são óbvias. Este todo* não surgiria em nenhum outro lugar. Nem se bilhões de macacos tentassem por dez mil anos.