Só a Variedade

Photo by Yuval Yehudar on Unsplash

Porque só há variedade.

As escolas não ensinam isto, sabe-se lá por que, mas só a variedade absorve variedade. Isso é uma lei. Tão verdadeira e de difícil refutação quanto a lei da gravidade. No entanto, passa ignorada.

Talvez porque ela não faça parte da velha ciência. Talvez porque venha de um campo – a Cibernética – que é maltratado, mal entendido e, consequentemente, mal explicado pra chuchu. Stafford Beer, depois de Wiener e Ashby, é o cara a perseguir se você quiser saber um pouco mais sobre essa indisciplina que pode nos ajudar muito nesses tempos difíceis. Aliás, é Ashby quem dá nome à Lei da Variedade Requerida. Lei de Ashby.

Ela nos diz, por exemplo, que uma dieta monótona vai comprometer nossa saúde. Porque nossos corpos complexos – leia-se, repletos de variedade – requerem variedade. Diz também que essa quarentena deve ser um sacrifício bem maior para quem está acompanhado de chatos – de gente com pouquíssima variedade. A Lei de Ashby explica os 7 a 1, as mentiras neoliberais e a Camila Pitanga. Ou seja, está em tudo. Menos nas nossas escolas.


Variedade é uma unidade de medida. Ela mede o número de estados que um sistema pode assumir. Quando esse número e incomensurável – grande pra dedéu – é porque temos pela frente um sistema complexo.

Se o assunto te interessa, talvez você goste do Almanaque para Tempos Difíceis. O irmão esquisito deste estranho Junkyage*

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Sobre

junk s. lixo, tranqueira, resto, sobra, migalha, resíduo, resquício, fragmento.

junky s. drogada/o, nóia, marginal, maconheiro, resíduo, fragmento.

junkyage s. era uma vez uma era muito doida, marginal, fragmentada, junkie.

* s. 1. vale tudo ou por todos, curinga, wild card 2. a simplificação da flor.